quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Amar a Igreja significa ter a coragem de fazer opções difíceis, diz Bento XVI


Última Catequese de Bento XVI

Nesta quarta-feira, 27, Bento XVI fez a última Catequese de seu Pontificado
Jéssica Marçal
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Bento XVI se despede dos fiéis presentes na Praça São Pedro no Vaticano (Foto: Clarissa Oliveira / CN Roma)
O Papa Bento XVI realizou, na manhã desta quarta-feira, 27, a última Catequese de seu Pontificado. Uma multidão de fiéis compareceu à Praça São Pedro, no Vaticano, para acompanhar de perto a última atividade pública do Santo Padre.
Bento XVI enfatizou que amar a Igreja é também ter a coragem de fazer opções difíceis, visando sempre ao bem da Igreja, e não de si mesmo. Ele agradeceu aos fiéis pelo afeto de todos e, sobretudo, a Deus, que guia e faz crescer a Igreja.
Acesse
.: EM BREVE, íntegra da Catequese
“Obrigado de coração! Estou realmente tocado e vejo a Igreja viva. Penso que devemos agradecer também ao Criador, pelo clima belo que nos dá ainda no inverno. Como o apóstolo Paulo, no texto bíblico escutado, também eu sinto, no meu coração, o dever agradecer sobretudo a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que semeia a Sua Palavra e assim alimenta a fé no Seu povo. Neste momento, a minha alma se expande para abraçar toda a Igreja no mundo”.
Bento XVI também destacou que leva consigo todos em oração, um presente de Deus, confiando tudo e todos ao Senhor. Em especial, neste momento, ele disse que há em si uma grande confiança, porque ele sabe, e todos sabem, que a Palavra de verdade do Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida.
“O Evangelho purifica e renova, traz frutos, onde quer que a comunidade de crentes o escute, e acolha a graça de Deus na verdade e viva na caridade. Esta é a minha confiança, esta é a minha alegria”.
O Santo Padre recordou ainda o dia em que assumiu o pontificado, em 19 de abril de 2005. Ele disse que, nesses oito anos de pontificado, sempre sentiu que, na barca, está o Senhor. “Sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor”.
Ele reconheceu que um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade. “O Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a Sua luz para tomar a decisão mais justa; não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito”.
O Papa lembrou ainda o Ano da Fé, uma iniciativa que ele instituiu com o objetivo de reforçar a fé em Deus, tendo em vista um contexto que parece colocá-Lo sempre mais em segundo plano.”Gostaria de convidar todos a renovar a firme confiança no Senhor, a confiar-nos como crianças nos braços de Deus, certo de que estes braços nos sustentam sempre e são aquilo que nos permite caminhar cada dia, mesmo no cansaço”.
Bento XVI deixa o Ministério Petrino, nesta quinta-feira, 28, às 20h (horário de Roma, 16h em Brasília), e passará um período em Castel Gandolfo até a eleição do novo Pontífice.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui a sua opnião ou sugestão

Evangelho (Jo 17,11b-19)

O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.  Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João. Glória a vós, Senhor. ...